O carvalhal do Barreiro ocupa parte da encosta oeste do vale do Rio Laboreiro, margem direita do rio. É um carvalhal bem conservado, embora fragmentado pelas aldeias e seus lameiros bem como por áreas de matos, que formam zonas de clareira essenciais para a vida de muitas espécies. Dada a altitude a que se encontra (750 e 950 metros), este carvalhal é dominado pelo carvalho-negral, que em associação com outras espécies, formam uma importante comunidade biológica.
A biodiversidade no carvalhal do Barreiro é de facto apreciável, sendo sobretudo notada na primavera, quando se encontram floridas a giesteira-das-serras, a giesta-branca e a urze-branca (do coberto arbustivo) ou a anémona-dos-bosques, o narciso-bravo, o dente-de-cão, o falso-miosótis-do-Minho e a violeta-brava (ao nível das herbáceas). Entre os animais, observam-se com frequência algumas aves de rapina, como a águia-se-asa-redonda, que nidifica nas áreas arborizadas aproveitando os lameiros e outras áreas mais abertas como territórios de caça. Entre as áreas arborizadas e os lameiros, são também frequentes espécies de pequenos passeriformes, na sua maioria espécies residentes, como a felosa-ibérica, o dom-fafe, o tentilhão, o pisco-de-peito-ruivo, entre muitos outros. Este carvalhal é também zona de refúgio para o lobo-ibérico, a raposa e o corço.
Pela importância para a conservação da natureza e da biodiversidade, este tipo de carvalhal enquadra o habitat protegido “Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica”.