A Casa Florestal de Adrão é uma antiga Casa de Guarda dos Serviços Florestais, em tudo semelhante a tantas outras existentes na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Estes edifícios são o símbolo da presença dos Serviços Florestais do Estado, em pleno regime de ditadura (Estado Novo). No início do século XX, a Carta Agrícola e Florestal do País veio confirmar a grande potencialidade desta região serrana para a expansão da área florestal da nação, fomentando os trabalhos de arborização nas serras que hoje integram o Parque Nacional e a sua sujeição ao Regime Florestal. Mas foi com o Plano de Povoamento Florestal de 1938 que o Regime Florestal e a expansão florestal se implementaram em larga escala neste território, tendo por base sobretudo a área baldia e os terrenos incultos. Embora por vezes polémico na sua concretização, o Plano de Povoamento Florestal marcou sem dúvida uma época e um estilo de intervenção dos Serviços Florestais. No agora Parque Nacional foram, à época, criadas as administrações florestais e inúmeras infraestruturas: caminhos, casas de administração, casas de guarda, postos de vigia e rede telefónica. No Parque Nacional, restam ainda muitos exemplares das antigas casas de guarda e casa de administração, para além da extensa rede de caminhos florestais.