Neste local ocorrem comunidades vegetais dominadas pela urze e o tojo-arnal, em conjunto com a carqueja e o tormentelo, espécies comuns na região. Esta associação vegetal tem lugar em zonas de rocha ácida, como os granitos, e de elevada precipitação. Por ironia, este tipo de habitat é favorecido pelos fogos frequentes, o que explica, em parte, a sua grande expansão nas serras do Parque Nacional, onde a atividade da pastorícia e a limpeza dos matos incentivam a prática de queimadas.

Na época de floração, os urzais-tojais pintam a serra de amarelo e lilás, formando verdadeiros mantos coloridos, que tornam a caminhada mais alegre e a fotografia mais viva. Também no mesmo período, é tempo de azáfama para muitas espécies da fauna selvagem, que apreciam este tipo de habitats. Estes habitats apresentam uma grande diversidade, sendo frequente encontrar vestígios do lobo-ibérico, do corço e do javali. Observam-se também aves como a felosa-do-mato e o cartaxo-comum, bem como alguns répteis como a lagartixa-do-mato, a víbora-cornuda e a víbora-de-seoane.