A etapa desenvolve-se entre Sirvozelo e Outeiro, duas aldeias que partilham a vista para a albufeira de Paradela. Tem uma extensão de 11 quilómetros, realizados na sua maioria em caminhos rurais, passando pelos lugares de Loivos, Fiães do Rio e Paredes do Rio. O percurso tem como ponto alto a diversidade paisagística, revelando a cada passagem alguns dos mais belos cenários da paisagem rural e do património cultural da região do Barroso e do Alto Cávado.
Esteja atento às marcas e à sinalização vertical da GR50, pois vão surgir vários cruzamentos e bifurcações ao longo da etapa, bem como outros percursos marcados. Os equipamentos de sinalização vertical da GR50 estão identificados e, nesta etapa, encontram-se numerados de 17.1 a 17.44 (chapa afixada no poste da placa direcional/ informativa ou balizas de marcas direcionais com código numérico). Siga sempre as marcas da GR 50 e as placas que indicam a direção “Outeiro”.
Depois de visitar a simpática aldeia de Sirvozelo, saímos pelo caminho rural do lado nascente do lugar, acompanhando os muros de pedra solta que delimitam os lameiros, virando à direita no último campo murado seguindo o carreiro adjacente. Passamos uma zona de matos e carvalhal e começamos a visualizar o espelho de água da albufeira de Paradela. Cruzamos a estrada e continuamos acompanhando uma estrutura de contenção das águas da albufeira, em betão, até entrarmos num trilho que nos levará novamente à estrada, junto do paredão principal da barragem da Paradela. Do parque adjacente ao paredão temos a oportunidade de apreciar a distinta forma de construção desta barragem, do tipo “enrocamento”, com paredão feito de rochas acumuladas a granel.
Depois de atravessar o paredão da barragem, entramos num caminho estreito, por entre os camacíparis, marcado por uns degraus em granito, cobertos de musgo, passando em antigas instalações de apoio aos funcionários da EDP, e uns metros a seguir estaremos de novo na estrada, já no lugar de Paradela do Rio, a aldeia que deu o nome à barragem. Para conhecer Paradela é necessário entrar no lugar e percorrer os arruamentos do núcleo mais antigo, pois não se conhece a genuína aldeia da estrada.
De Paradela seguimos para Loivos, entrando no primeiro caminho à esquerda, já depois de termos passado a rotunda. Seguimos o caminho sempre paralelo à estrada municipal e, em pouco tempo, contornamos o mosaico de lameiros e de campos de Loivos, de onde admiramos a fantástica paisagem que se abre na envolvente. Na aldeia, os pormenores da ruralidade prendem a nossa atenção. Saímos do lugar pela Rua da Pala em direção a Fiães do Rio, sempre por caminhos agrícolas que atravessam a extensa área de campos e lameiros, cruzando também alguns bosquetes de carvalho. Em Fiães do Rio repete-se a riqueza cultural e a diversidade paisagística proporcionada pela mancha autóctone de carvalhal, os lameiros e mosaico agrícola. Saímos do lugar tomando um antigo caminho, ainda com vestígios de uma velha calçada, que nos conduz à ponte de madeira que atravessa o rio Cávado.
Segue-se a subida até Paredes do Rio, sempre por carreiro ou caminho agrícola, numa encosta preenchida por carvalhais e lameiros. A rota não entra propriamente no interior da aldeia, mas recomenda-se o desvio para conhecer uma das aldeias mais tradicionais do Parque Nacional, onde podemos visitar o conjunto de moinhos de água, as antigas estruturas de regadio e o pisão.
Seguimos por fim para Outeiro, saindo de Paredes do Rio pela Rua da Cruz, o caminho superior às alminhas que se encontram no cruzamento. Fazemos o caminho estreito rudimentarmente asfaltado e que depois passa a caminho em terra batida, atravessando áreas de lameiros em mosaico com carvalhais. Este caminho entronca mais à frente com outro, que passamos a seguir em direção ao lugar de Outeiro, que conseguimos avistar do local, assim como novamente a albufeira de Paradela, encimada pelas vertentes graníticas da serra do Gerês. Um pouco mais à frente encontramos a estrada municipal, da qual desviamos logo a seguir, junto de um bebedouro, continuando pelo caminho rural empedrado, que nos coloca à entrada de Outeiro. Junto da bonita Igreja de Outeiro podemos descer ao interior do lugar, onde nos espera um núcleo rural bastante bem preservado, com muitas construções na sua traça original e vários elementos do património coletivo, como a eira, as fontes, o tanque e o bebedouro. A atividade económica mais importante para esta comunidade continua a ser a criação de gado bovino, em complemento com agricultura e o fumeiro. Mais recentemente têm surgido iniciativas ligadas à atividade turística, oferecendo novas facilidades aos turistas que vêm apreciar a extraordinária paisagem e harmonia do local.